terça-feira, 20 de julho de 2010

Discurso aos amigos

Pra mim, não importa o tempo de convivência. O importante é o que está em minha memória. As lembranças só ficam quando algo é intenso. Entre lembranças boas e ruins, vocês fazem parte das boas. Em nenhum momento, exigi que vocês me dessem um telefonema ou fizessem uma visita. Nada melhor na vida como a liberdade e a naturalidade. O mundo não para. Portanto, à medida que o tempo passa e as coisas mudam, há a tendência de nos dissiparmos. Não adianta querer mudar o curso da história. Creio que a solução para este caso é conhecer novas pessoas. É renovar o sentimento antigo com um relacionamento novo. Nunca diga que um relacionamento foi em vão. Nada é em vão. Algumas coisas vão e outras ficam. Ou seja, tudo vale a pena. Convido a todos perpetuar tal estilo de vida. Não acorrente seus queridos. Todos têm o direito de voar. Alguns voam e não voltam. Outros, mais cedo ou mais tarde, voltam. Ficar aprisionado, ninguém quer. Nem mesmo os animais irracionais. Voem com a certeza de terem feito alguém feliz. Se um dia vocês se sentirem descontentes com a vida, achando que nada fizeram de bom nesta, lembrem-se desta mensagem. Leiam e reflitam. Pelo menos uma coisa vocês deverão ter certeza: o meu muito obrigado. Valeu pelo pouco e por tudo que fizeram por mim.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Contradição em meu meio

Vejo alguns colegas (inclusive eu) reclamarem de trabalhos, exercícios, provas, etc. São dificuldades estritamente ligadas ao ambiente acadêmico. Mas, depois de formado, será que não existirão outras dificuldades? E se essas forem piores? Como ficaremos?
Quero dizer que há uma contradição em nosso meio. Em sala de aula, fala-se muito em flexibilidade, adaptabilidade, globalização, etc. Numa outra faceta, observo os colegas tomarem atitudes de caráter medíocre. É como se a mensagem entrasse num ouvido e saísse pelo outro. Um acadêmico desse, por exemplo, não pode dizer que aprendeu a preservar o meio ambiente. Imagine depois dos eventos extraclasse, onde se encontra papel, balão, fita por todo o lado. Onde está o hábito de recolher o lixo? Onde estão os gestores ambientais?
A verdade é que não aprenderam. O aprendizado se dá na práxis. Melhor dizendo, se dá na mudança de hábito. Logo, concluo que muito dos meus colegas não aprenderam de fato. Ouviram, prestaram atenção, mas não colocam em prática. Como poderei ser administrador se não coloco em prática o pouco que sei? Se sei pouco e, ao mesmo tempo, muitas informações chegam a toda hora, como poderei aprender algo? Vamos pegar esse pouco e fazer dele a nossa prática, porque será ele que nos dará subsídios para administrar empresas. Não pensem em concluir o curso e dizer: agora estou pronto para administrar. O preparo é gradativo, contínuo. Eu, por exemplo, errei muito. No início do curso, me via apenas um estudante de administração. Hoje, sinto a necessidade de me projetar para ser administrador. Mesmo assim, mais errado estaria se eu persistisse no erro e se eu ficasse calado. Um colega cabeça dura pode ler este texto e pensar que sou certinho. Ou que isso é relativo ou coisa parecida. Nada disso. O comentário sim está certinho, eu não. Independente disso, digo com sinceridade: infelizmente, é o que acontece com a maioria dos meus colegas. Digo outra coisa: não sou o pai, patrão e nem professor de ninguém. Mas, digo: sou um formando, o qual irá administrar empresas. Ao invés de ser um simples recém-formado, serei o formado. Enfim, quero poder daqui a alguns anos mandar uma carta, dizendo: de administrador para administrador.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cuidado com o meio ambiente

Peguei um livro de Física pra ler e vi uma informação interessante. Lá dizia que o homem primitivo desconhecia os fenômenos da natureza. Ao passo que era desconhecido, havia também o temor. Com o tempo, este temor passou a despertar admiração. Portanto, o homem passou a cultuar o sol, o solo, o mar, a lua, entre outros fenômenos. Caçava apenas para a sua subsistência. Apesar do pouco conhecimento que tinha, aquele povo primitivo tem muito a nos ensinar. Naquele tempo, eles se davam conta de que os recursos necessários para a sua sobrevivência provinham da natureza. Não relegavam a natureza como algo passível de exploração e de lucro. Ao contrário, louvavam. Melhor que isso, cuidavam. E é isso que precisamos fazer. O homem moderno, mesmo com todo o conhecimento acumulado, mostra-se ineficiente no combate à degradação do meio ambiente. O paradoxo é estrondoso. Muita informação e pouca força de vontade. Muitos conhecedores e poucos aprendizes. Se com toda essa avalanche de informação ainda optamos por nos omitir ou agir com indiferença, tal atitude é a prova concreta de que não aprendemos. Alguém pode dizer que sabe o quanto o dióxido de carbono prejudica a natureza, mas onde está a atitude?! Será que procuram adquirir carros flex?! Será que procuram andar de ônibus, de bicicleta, a pé?!

Infelizmente, não aprenderam. O aprendizado se dá na prática, na mudança de hábito. Diante disso, vamos deixar de nos ater a conscientização e partir para a ação. Vamos seguir o exemplo dos homens primitivos, os quais tinham pouca (ou quase nenhuma) consciência do que faziam, mas tinham atitude em preservar o que lhes garantia o sustento. E, se hoje a natureza ainda existe, talvez seja porque eles cuidaram lá trás. O ideal, a partir de agora, é agradecer e cuidar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Escolha a sua profissão

Quantas vezes te perguntaram: o que você quer ser?
Acredito que muitas vezes, não é?
Principalmente na reta final do ensino médio. Parentes, professores e até mesmo colegas fazem esse questionamento. Ai de você se não tiver algo em mente. E o pior: ai de você escolher uma profissão sem prestígio. Seus parentes caem em cima; falam uma série de abobrinhas a cerca daquela respectiva profissão. Por um lado, não se deve crucificá-los, pois eles estão preocupados com o seu futuro. Além disso, eles foram criados dentro da filosofia que Robert Kiyosaki preconiza em Pai Rico e Pai Pobre: “estudar, tirar boas notas e trabalhar arduamente”. Um ciclo que tende a ser virtuoso, mas, muitas das vezes, ganha a feição de vicioso. Em outras palavras, é um paradigma que, ao longo dos anos, transformou-se em dogma. Trocando em miúdos: se você não seguir essa filosofia de vida, não será bem sucedido. Mas pra que isso dê certo, você precisa escolher uma profissão rentável, ou melhor, uma profissão que dê dinheiro. No mundo capitalista em que vivemos, chega até ser compreensível esse raciocínio. A cada ano que passa, as coisas vão ficando caras, os salários aumentam – o consumo, nem se fala. Tenho certeza que você, às vezes, reclama do seu salário. Há pessoas que ganham muito e tornam a reclamar do seu salário. É estranho, não?
Ganhando pouco ou muito, o seu salário nunca será o suficiente. Para ele ser o bastante, você não precisará de mais capital, e sim de inteligência financeira. Certo dia, disseram-me o seguinte: não adianta ter dinheiro e não ter paz interior. Pensando bem, é verdade. Há muitos que tem dinheiro e vivem atormentados com dívidas exorbitantes. Agora eu pergunto: adiantou seguir aquele conselho?
Acho que não. Outro problema veio à tona – dessa vez, pior. Aquele conselho era simplesmente uma visão não questionada. Com base nessas proposições, convido-o a refletir: como você (pai, mãe, professor, etc.) está orientando o seu discípulo (filho, aluno, etc.)?
Eu, por exemplo, digo o seguinte: se não sabe o que fazer, procure conhecer algo que te desperta interesse. Com o tempo, você poderá desenvolver uma paixão por aquilo. Como diz o poeta amazonense Thiago de Melo: “só se pode amar as coisas que se conhece e que se entende”. Em vista disso, basta você conhecer algo e, de repente, passe a gostar. Independente do que fizeres, faça bem feito. Aqueles que cresceram na vida seguiram esse raciocínio simples que, em contrapartida, é difícil de ser colocado em prática. Discute-se tanto em definir o que se gosta, mas pouco se fala em como fazer melhor as coisas. Há um provérbio chinês que diz: “um percurso de 2000 km começa com um simples passo”. É só dar o primeiro passo. Deixar que os outros dêem o primeiro passo por nós, é algo arriscado. Às vezes dá certo. Quando dá errado, somos pegos de surpresa pelos novos paradigmas. Sabe por que?
Porque fomos guiados por paradigmas antigos. É como se o mundo desse um puxão de orelha e dissesse: “as coisas por aqui mudaram, sabia?” A partir daí, só nos resta começar tudo novamente, coisa que já teve início naquele período indeciso da vida, onde os seus parentes resolveram colocar rodinhas na bicicleta da sua vida. Deixe de ser fantoche e seja o protagonista do espetáculo.

sábado, 27 de março de 2010

Cartas a um calouro de administração

  • Trabalho acadêmico

Não espere pelos professores e, muito menos, pela matéria Metodologia do Trabalho Científico. Cada professor cobrar uma coisa diferente, até por questão de flexibilidade. Procure praticar desde cedo. Pra se ter uma ideia do problema, é comum identificar acadêmicos, no sétimo período, que mal conhecem a NBR 14724. Pior que isso, é não pô-la em prática. Então, caro calouro, procure ter em mãos, desde o primeiro período, as NBRs que regulamentam o trabalho acadêmico;

  • Teoria x Prática

Não caia na armadilha do 'complexo de avestruz', a qual prega o seguinte: "na teoria é uma coisa, na prática é outra." Não seja tolo em querer pegar a teoria pura e transpor para o seu trabalho. A administração é uma ciência social aplicada, não exata. Portanto, observe e pense uma forma de adaptar a teoria pura e transformá-la na teoria do seu trabalho. Assim, você desenvolverá os seus conhecimentos e, por tabela, o seu trabalho. Os autores dos livros já são (ou foram) administradores. Devemos trabalhar para nos tornar também;

  • Tenha foco

Não invente em se aprofundar nos assuntos. Na graduação, você não aprenderá quase nada. Esta é como se fosse diversas pinceladas. O acadêmico, sendo a pinça, cutucará as diversas áreas da administração. O tempo é curto e nem todos os professores conhecem a fundo determinados assuntos. Além disso, caso você teime em se aprofundar, não só atrapalhará o andamento das outras matérias, como você estará saindo de foco. Aprofundamento de determinado assunto fica para a especialização;

  • Dicionário de Administração

Assim como todos (ou quase todos) tem o dicionário da língua portuguesa em casa, compre também um dicionário de administração. Isso enriquecerá seu vocabulário e seus textos, dando-lhe maior credibilidade frente aos professores, colegas de trabalho e aos colegas de faculdade;

  • Contente-se com pouco

Antes de ingressarmos no ensino superior, imaginamos que a graduação nos tornará profissionais capazes de administrar organizaçãoes. Digo-lhes: engano seu. Na graduação, você encontrará alguns professores despreparados. Os preparados só lhe ensinarão teorias e conceitos. Não fique desiludido, pois isso existe na maioria das insituições de ensino superior. Em vista disso, você diz a si mesmo: "ah! então vou ingressar na faculdade que tem os melhores professores." Logo, respondo: "é um boa alternativa." Entretanto, se você não fizer a sua parte, o pouco que terás não servirá pra nada. Por exemplo, procure oportunidades de praticar, seja no ambiente acadêmico, profissional, ou até mesmo no familiar;

  • Bico decente

Infelizmente, devo confessar o fato de vários professores darem aula com o intuito de fazer 'bico'. Em outras palavras, de docente passa-se a questionar se são decentes. Fazendo isso, não se dedicam com afinco na formação de um futuro profissional. Como eles acham pouco o salário, nem se preocupam. Vale ressaltar, isso também é reflexo de suas competências. Se fossem tão bons no que fazem, ganhariam mais no seu trabalho fixo, sem precisar recorrer ao bico. Em virtude dessa realidade, faça um excelente trabalho, a fim de não cometer o mesmo erro. Caso você goste de dar aula, dedique-se a isso. Não comprometa a educação de um indivíduo.

Eleições brasileiras

Após ler o artigo 'Nunca antes neste país...', da revista Exame (edição 963, p. 42), achei interessante uma passagem, a qual diz o seguinte: "em termos de custos, as eleições brasileiras são proporcionalmente mais caras até que as americanas. Tal custo, na verdade, é reflexo direto de um sistema eleitoral barroco, antiquado e profundamente ineficiente, que dispara balas de canhão para atingir mosquitos [...] no Brasil, até pouco antes dos pleitos, grande parte dos eleitores apresenta alto grau de desconhecimento sobre em quem votar. É aí que, nas vésperas das eleições, o horário eleitoral gratuito entra em cena como um esforço brutal e apressado de ganhar o eleitor."
Falamos tanto que os governantes gastam demasiadamente o dinheiro público, mas esquecemos que somos coniventes com essa prática ilícita. Só ouvimos dizer que o país investe pouco em educação, pelo fato de querer manter o povo na ignorância. Será que investimentos massivos em educação resolveria o problema?
No mundo de hoje, há informação de sobra. E, mesmo assim, há indivíduos que não dão a mínima por ela. Ouvindo a rádio certa vez, um senador dizia que pouquíssimas pessoas frequentam teatro, museus, ou qualquer ambiente que remete a questão cultural.
Para que o povo mude de ideia, é preciso do exemplo lá de cima, isto é, dos governantes. Para isso, devemos ter cuidado em eleger um candidato. Mas, para que isso venha ocorrer, é preciso pesquisar. Não só isso, como deixar, pelo menos um pouco, as novelas e o Big Brother de lado. Se eles (os políticos) estão gastando muito, é porque nós alimentamos, ao ficar vidrado na novela das oito.
O melhor a fazer é ir no google, pesquisar em revistas especializadas, procurar materiais em bibliotecas, etc. Vai conhecer o teu candidato e larga esse 'espírito de rebanho'.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ajuda ao Haiti

O estado de calamidade do Haiti está presente em todas as manchetes. Do lado de fora, escondido por ali, procuro obter uma visão ampla do caso.
Imagino duas visões: uma positiva e outra negativa. A negativa vê a tragédia como algo merecedor, isto é, o povo haitiano deve ter feito algo muito grave e só está pagando pelo que fez. Um castigo divino. Foi Deus quem quis assim?
Não sei.
Um cristão fervoroso pode dizer: "isso é o fim dos tempos... não há nada que podemos fazer"
Fiquei pensando só comigo: quantos e quantos não falaram isso?
Professam: "Deus está voltando!"
Como se não bastasse, a visão pessimista das escrituras se alastra como uma sirene nos ouvidos do povo. Pra jogar lenha na fogueira, ainda dizem: "tudo está acontecendo... pai matando filho, filho matando pai... rumores de guerra, catástrofes, etc"
Depois de ouvir tanta desgraça, a modesta visão positiva dá o seu palpite:
"Onde está o bem contido nas escrituras?" "Onde está o mandamento que diz que devemos amar ao próximo?" "Onde estão os valores como fraternidade, imparcialidade, etc.?"
Como é que se pode fazer o bem cheio de preconceito?
Como é que pode pregar a verdade se não praticam a verdade?
Como é que se quer convencer o mundo de sua "ignorância" se não dá pra enxergar a sua própria ignorância?
Olhemos de outro ângulo. Já estou cansado de ouvir que o homem é falho. Também já ouvi dizer que não existe homem perfeito. Felizmente, em meio às inúmeras críticas ao ser humano, há uma luz no fim do túnel. Uma esperança. O homem também tem coração. Ele, em determinadas situações, é bom. E a prova mais concreta disso é a mobilização em prol do Haiti. É uma pena viver num mundo onde muitos primam pela vida divina em detrimento da vida terrena. É uma pena viver num mundo que privilegia as virtudes divinas em detrimento das virtudes humanas.
Pensem, meus irmãos. Reflitam sobre as suas ações. O que o mundo precisa não é descobrir a verdade, mas que os detentores da verdade propiciem um mundo melhor. Em outras palavras, que os irmãos pratiquem o que pregam e, assim, dê valor a si e ao próximo.