sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ajuda ao Haiti

O estado de calamidade do Haiti está presente em todas as manchetes. Do lado de fora, escondido por ali, procuro obter uma visão ampla do caso.
Imagino duas visões: uma positiva e outra negativa. A negativa vê a tragédia como algo merecedor, isto é, o povo haitiano deve ter feito algo muito grave e só está pagando pelo que fez. Um castigo divino. Foi Deus quem quis assim?
Não sei.
Um cristão fervoroso pode dizer: "isso é o fim dos tempos... não há nada que podemos fazer"
Fiquei pensando só comigo: quantos e quantos não falaram isso?
Professam: "Deus está voltando!"
Como se não bastasse, a visão pessimista das escrituras se alastra como uma sirene nos ouvidos do povo. Pra jogar lenha na fogueira, ainda dizem: "tudo está acontecendo... pai matando filho, filho matando pai... rumores de guerra, catástrofes, etc"
Depois de ouvir tanta desgraça, a modesta visão positiva dá o seu palpite:
"Onde está o bem contido nas escrituras?" "Onde está o mandamento que diz que devemos amar ao próximo?" "Onde estão os valores como fraternidade, imparcialidade, etc.?"
Como é que se pode fazer o bem cheio de preconceito?
Como é que pode pregar a verdade se não praticam a verdade?
Como é que se quer convencer o mundo de sua "ignorância" se não dá pra enxergar a sua própria ignorância?
Olhemos de outro ângulo. Já estou cansado de ouvir que o homem é falho. Também já ouvi dizer que não existe homem perfeito. Felizmente, em meio às inúmeras críticas ao ser humano, há uma luz no fim do túnel. Uma esperança. O homem também tem coração. Ele, em determinadas situações, é bom. E a prova mais concreta disso é a mobilização em prol do Haiti. É uma pena viver num mundo onde muitos primam pela vida divina em detrimento da vida terrena. É uma pena viver num mundo que privilegia as virtudes divinas em detrimento das virtudes humanas.
Pensem, meus irmãos. Reflitam sobre as suas ações. O que o mundo precisa não é descobrir a verdade, mas que os detentores da verdade propiciem um mundo melhor. Em outras palavras, que os irmãos pratiquem o que pregam e, assim, dê valor a si e ao próximo.

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