Quero dizer que há uma contradição em nosso meio. Em sala de aula, fala-se muito em flexibilidade, adaptabilidade, globalização, etc. Numa outra faceta, observo os colegas tomarem atitudes de caráter medíocre. É como se a mensagem entrasse num ouvido e saísse pelo outro. Um acadêmico desse, por exemplo, não pode dizer que aprendeu a preservar o meio ambiente. Imagine depois dos eventos extraclasse, onde se encontra papel, balão, fita por todo o lado. Onde está o hábito de recolher o lixo? Onde estão os gestores ambientais?
A verdade é que não aprenderam. O aprendizado se dá na práxis. Melhor dizendo, se dá na mudança de hábito. Logo, concluo que muito dos meus colegas não aprenderam de fato. Ouviram, prestaram atenção, mas não colocam em prática. Como poderei ser administrador se não coloco em prática o pouco que sei? Se sei pouco e, ao mesmo tempo, muitas informações chegam a toda hora, como poderei aprender algo? Vamos pegar esse pouco e fazer dele a nossa prática, porque será ele que nos dará subsídios para administrar empresas. Não pensem em concluir o curso e dizer: agora estou pronto para administrar. O preparo é gradativo, contínuo. Eu, por exemplo, errei muito. No início do curso, me via apenas um estudante de administração. Hoje, sinto a necessidade de me projetar para ser administrador. Mesmo assim, mais errado estaria se eu persistisse no erro e se eu ficasse calado. Um colega cabeça dura pode ler este texto e pensar que sou certinho. Ou que isso é relativo ou coisa parecida. Nada disso. O comentário sim está certinho, eu não. Independente disso, digo com sinceridade: infelizmente, é o que acontece com a maioria dos meus colegas. Digo outra coisa: não sou o pai, patrão e nem professor de ninguém. Mas, digo: sou um formando, o qual irá administrar empresas. Ao invés de ser um simples recém-formado, serei o formado. Enfim, quero poder daqui a alguns anos mandar uma carta, dizendo: de administrador para administrador.