Pra ser sincero, sou cético quando o assunto é Deus. Não é que eu seja ateu, mas prefiro me posicionar como neutro. Até o presente momento, ninguém sabe a origem do mundo. Só sabemos que, se existe criatura, existe criador. Uma vez, perguntei de um ateu o seguinte: por que Deus não foi o nosso criador? Ele respondeu: quem criou Deus?
Se algo existe, tal coisa foi criação de um antecedente. Partindo deste raciocínio, não valeria à pena buscar a verdade. Sinceramente, esmiuçar esse assunto seria perca de tempo. Ir atrás da árvore genealógica da criação do mundo é nadar num rio sem beira.
Além do argumento acima citado, há a questão da personalidade de Deus. Se o criador vem antes da criatura, porque o homem, sendo a criatura de Deus, criou a personalidade do altíssimo?
Quem dá as características de uma criatura, é o seu criador. Com base nesse raciocínio, é de se duvidar das diversas personalidades do altíssimo que as religiões criaram. Em vez de ficar de um lado, prefiro ficar no centro; em vez de assumir uma crença, prefiro assumir o compromisso de aceitar as diferenças. Com isso, não transformo a crença em dogma, pois, fazendo isso, estaria fechando as portas da minha mente. A conseqüência disso são as discussões entre católicos e evangélicos; os conflitos no oriente médio, entre outros. Vendo tais coisas, me pergunto: qual a finalidade da religião?
Já ouvi duas: agradecer a Deus e buscar a salvação. Por que não agradecer a Deus sem se importar com o Deus do outro? Por que não buscar a sua salvação de acordo com os critérios estabelecidos pela sua crença, sem se importar com o do outro?
Creio que já é difícil se manter na linha na busca pela salvação, e pra quê se preocupar com as atitudes do outro? Nessas horas, o preocupado entra em contradição. Se Deus é o único que pode julgar, por que fazer esse julgamento sem o consentimento de Deus?
Portanto, muito cuidado antes de aderir a uma ideologia. Antes de mergulhar no rio das idéias, procure duvidar, a fim de filtrar as idéias. A partir das dúvidas, surgirão as reflexões. Para a maioria dos seguidores dessas crenças, é aí que mora o perigo. Duvidar dos princípios de Deus é coisa do mal. É um pecado abominável. Se bem que muitos duvidosos são ateus. Estes detestam o Deus das religiões. Mas será que todos que duvidam detestam Deus?
Eu não. Digo que a minha dúvida é algo saudável. Preocupo-me em compreender, de forma a não deixar as portas da minha mente fecharem. Elas podem até fecharem por alguns instantes, mas a chave dos cadeados fica comigo. Muitos dos seguidores deixam a chave dos seus cadeados sob a responsabilidade de pastores, padres, ou qualquer outro religioso intelectual. Das vezes que fui à igreja, os pastores disseram: renunciem a isso e aquilo (pra não dizer tudo). Ao passo que ele pede para renunciarmos, ele também pede, de forma implícita, que anulemos o nosso senso crítico. É como se Deus tivesse um viés a questionamentos. Ainda dizem assim: agora, a minha vida pertence a Cristo. Isso é um exemplo claro de omissão do ser enquanto ser pensante. Fico triste por isso.
Não quero que o ato de refletir venha a ser uma afronta aos princípios da igreja. Muito pelo contrário, quero que o ato de refletir venha a trazer harmonia às diferentes crenças. Porque sei que só conhecendo o outro é que se pode aceitá-lo. No entanto, enquanto deixarmos as chaves do cadeado sob responsabilidade de terceiros, nunca conseguiremos abrir as portas de nossas casas, com o intuito de acolher o outro. Além disso, ficaremos presos nela.
Se algo existe, tal coisa foi criação de um antecedente. Partindo deste raciocínio, não valeria à pena buscar a verdade. Sinceramente, esmiuçar esse assunto seria perca de tempo. Ir atrás da árvore genealógica da criação do mundo é nadar num rio sem beira.
Além do argumento acima citado, há a questão da personalidade de Deus. Se o criador vem antes da criatura, porque o homem, sendo a criatura de Deus, criou a personalidade do altíssimo?
Quem dá as características de uma criatura, é o seu criador. Com base nesse raciocínio, é de se duvidar das diversas personalidades do altíssimo que as religiões criaram. Em vez de ficar de um lado, prefiro ficar no centro; em vez de assumir uma crença, prefiro assumir o compromisso de aceitar as diferenças. Com isso, não transformo a crença em dogma, pois, fazendo isso, estaria fechando as portas da minha mente. A conseqüência disso são as discussões entre católicos e evangélicos; os conflitos no oriente médio, entre outros. Vendo tais coisas, me pergunto: qual a finalidade da religião?
Já ouvi duas: agradecer a Deus e buscar a salvação. Por que não agradecer a Deus sem se importar com o Deus do outro? Por que não buscar a sua salvação de acordo com os critérios estabelecidos pela sua crença, sem se importar com o do outro?
Creio que já é difícil se manter na linha na busca pela salvação, e pra quê se preocupar com as atitudes do outro? Nessas horas, o preocupado entra em contradição. Se Deus é o único que pode julgar, por que fazer esse julgamento sem o consentimento de Deus?
Portanto, muito cuidado antes de aderir a uma ideologia. Antes de mergulhar no rio das idéias, procure duvidar, a fim de filtrar as idéias. A partir das dúvidas, surgirão as reflexões. Para a maioria dos seguidores dessas crenças, é aí que mora o perigo. Duvidar dos princípios de Deus é coisa do mal. É um pecado abominável. Se bem que muitos duvidosos são ateus. Estes detestam o Deus das religiões. Mas será que todos que duvidam detestam Deus?
Eu não. Digo que a minha dúvida é algo saudável. Preocupo-me em compreender, de forma a não deixar as portas da minha mente fecharem. Elas podem até fecharem por alguns instantes, mas a chave dos cadeados fica comigo. Muitos dos seguidores deixam a chave dos seus cadeados sob a responsabilidade de pastores, padres, ou qualquer outro religioso intelectual. Das vezes que fui à igreja, os pastores disseram: renunciem a isso e aquilo (pra não dizer tudo). Ao passo que ele pede para renunciarmos, ele também pede, de forma implícita, que anulemos o nosso senso crítico. É como se Deus tivesse um viés a questionamentos. Ainda dizem assim: agora, a minha vida pertence a Cristo. Isso é um exemplo claro de omissão do ser enquanto ser pensante. Fico triste por isso.
Não quero que o ato de refletir venha a ser uma afronta aos princípios da igreja. Muito pelo contrário, quero que o ato de refletir venha a trazer harmonia às diferentes crenças. Porque sei que só conhecendo o outro é que se pode aceitá-lo. No entanto, enquanto deixarmos as chaves do cadeado sob responsabilidade de terceiros, nunca conseguiremos abrir as portas de nossas casas, com o intuito de acolher o outro. Além disso, ficaremos presos nela.